Ouço "Om Gam Ganapataye Namaha Sharanan Ganesha". E me deixo ir por sobre uma espécie de névoa que encobre os telhados dos pequenos prédios do Marquês. Enquanto isso, um pequeno grão de areia desenha no ar um poema de alma infinita. Da janela de meu quarto, vejo o Porto amanhecer da mesma forma que anoiteceu e madrugou: chuva, entre 15º e 18º. Minha cama sente a falta do corpo de meu filho, com quem adormeci estes últimos quinze dias em que ele cá esteve. Algures, na Alemanha, agora, ele pedala em direção à sua escola, há cerca de 6 quilômetros de sua casa, numa pequena aldeia da Baixa Saxônia. Com este tempo lacrimoso, contenho o mar de meu coração, para que ele não inunde de todo a vida que afinal de contas precisa respirar fundo. E seguir adiante... (Porto, 15/10/2018). Ganapataye!
Conheci Mojica em 2000. Na cidade do Porto, Potugal, onde ele participava do "Fantasporto". Fui ao hotel onde ele estava hospedado e nessa mesma hora ele me enregou duas latas de 16 milímteros com o seu "À meia-noite levarei sua alma", que projetamos em uma sessão lotada no Cineclube do Porto para estudantes da escola onde eu me formei em cinema. Então, convidei Mojica para fazer um filme, "A maldição de Zé do Caixão em comunhão com a Escola do Porto sob as bénçãos de São Francisco de Assis" (Super-8 milímetros), película que pode ser vista no youtube (http://www.youtube.com/watch?v=xXbkUOU8tdg). "A maldição..." foi o seu primeiro filme em Portugal, que estreamos em Belém durante o Concílio Artístico Luso-Brasileiro, que criou o Cineclube Amazonas Douro, o qual coordeno e do qual o Mojica é presidente de honra. E Mojica realizou conosco (um total de 13 pessoas – o número não foi por acaso) um outro flme, dessa vez, digital, o "Pará Zer...
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