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Mostrando postagens de 2018

Minha critica de cinema censurada pelo Facebook

Minha despretensiosa crítica ao filme “En El Ultimo Trago”, de Jack Zagha Kababie, ao qual assisti na Quinta da Caverneira (Maia, Portugal) foi censurada pelo Facebook. A película é uma espécie de road movie na terra natal do mexicano Alfredo Jimenez, e tem guião de David Desola, que estava na sessão para dialogar sobre o filme após a sua exibição no espaço do Teatro Art’Imagem, que promoveu a cena, no dia 22 de Dezembro. De acordo a repressora rede social, a postagem desrespeita os padrões da comunidade, razão pela qual a republico com a intenção mesmo de provocar o interesse de leitura por alguma alma rebelde e não-alienada. A CRÍTICA O mexicano José Alfredo Jiménez Sandoval criou temas que tocaram os corações da América Latina. Nascido em Dolores Hidalgo, Guanajuato  (19/01/1926 -   Cidade do México) e falecido a 23/11/1973,  compôs sensíveis huapangos, corridos, rancheiras. Entre as quais, “En El Ultimo Trago”, que dá nome a um filme produzido em 2014, sob a direção de J

El último trago não é um filme trágico

O mexicano José Alfredo Jiménez Sandoval criou temas que tocaram os corações da América Latina. Nascido em Dolores Hidalgo, Guanajuato  (19/01/1926 -   Cidade do México) e falecido a 23/11/1973,  compôs sensíveis huapangos, corridos, rancheiras. Entre as quais, “En El Ultimo Trago”, que dá nome a um filme produzido em 2014, sob a direção de Jack Zagha Kababie. É um tema tão popular que tem versões nas vozes de Júlio Iglésias e de Chiavela Vargas. Escrita por David Desola, a película é uma espécie de road movie na terra natal de Alfredo Jimenez. E tem no elenco atores veteranos conhecidos do México, alguns falecidos após as filmagens. Inclusive, uma atriz que trabalhou com Buñuel, Columba Dominguez, morreu após o filme. Além dela, Hernán Mendoza, Luisa Huertas, e Pilar Pellicer completam a constelação do elenco secundário deste filme que relata a aventura de três idosos, Emiliano (José Carlos Ruiz), Benito (Eduardo Manzano) y Agustín (Luis Bayardo). Eles se destinam a c

Ogum, um Rei sem Reino reinará em 2019

A África é um Continente, apesar de quem o pense como um país. E mesmo ao pensar em qualquer país africano, há que pensar os seus diversos territórios, culturas, em pulsão, diferentes entre si. Se pensarmos o continente africano numa dimensão religiosa, atravessaremos universos míticos desde o Budismo ao Islamismo, do Hinduísmo ao Cristianismo, do Judaísmo ao Fé Bahá’í. Todas estas culturas religiosas foram predominantes em locais específicos do continente africano, com as suas diversas formas de manifestação. E há muitos dialetos e línguas em África e suas expressões têm relação simbólica com as culturais onde eles predominam. Assim sendo, o termo candomblé (assim como umbanda) têm origem no banto. Candomblé, umbanda e macumba são as palavras que os brasileiros conhecem os cultos de matrizes africanas. Macumba Mas, apesar de ser de origem africano, o termo "macumbeiro" é demasiado pejorativo quando quer se referir a adeptos das religiões de matrizes afric

O poema de Goethe e o meu banho de gingko biloba

Como bom filho de Aruanda, preparo meus banhos com ervas para atrair boas energias, e afastar os maus espíritos, entretanto, desde que cheguei do Brasil (agosto), que eu não tomava nenhum banho de astral. Em minha religião Umbanda, a prática é comum e está relacionada aos seus fundamentos, segundo os quais, os devotos – por este rito – entram em conexão com as forças da natureza. A sintonia entre umbandista e o seu Orixá é cotidiana e ocorre a qualquer momento, desde que nosso coração esteja aberto e a nossa mente serena, para sentir os signos pelas vias dos quais os Guias se revelam. Por estes dias, meus Orixás tem se manifestado quando estudo e produzo arte, indicando-me percursos nas pulsões que são os meus processos criativos, portanto, não importa o lugar/espaço/território, temos de ser sinceros com nossa intuição e exercitar o que os Mestres nos pedem. E foi nesta quarta-feira, 12 de Dezembro, logo depois que encerrou o IV FICCA – Festival Internacional de Cinema do C

O poeta Mário Loff, em entrevista ao LUZITÂNIAS

LUZITÂNIAS : QUEM É VOCÊ? Eu sou Mário Loff, Cabo-verdiano, de Colhe Bicho. LUZITÂNIAS : O QUE TE TROUXE AO PORTO? O que me trouxe até a cidade do porto é um chamado para conhecer, aprender e partilhar através de poemas, mas também de cinema, já que vim a convite da FICCA 2018. LUZITÂNIAS : O QUE É A ALTAS E O QUE ELA FAZ? A ALTAS é uma associação literária (associação literária de Tarrafal de Santiago), antes de se transformar numa associação, era um clube de leitura da Biblioteca municipal, que contribuiu para o aparecimentos dos jovens escritores e poetas, mas também trabalhou na questão da cidadania, e com crianças na promoção do livro, e da leitura, através da fundação do plano de leitura municipal, outras das grandes conquistas, foi a fundação de grupos de teatro, atualmente só existe um só grupo de teatro Komikus Tarrafal, e têm feito gravações que estão disponíveis no youtube (último trabalho foi “presidenti kasta”). LUZITÂNIAS : A LITERATURA, ALÉM E JUNTO A